20.10.10

vislumbrei uma
tempestade celestial. . .
chuva de canções
em acorde natural. . .

na curva horizonte
multiplicado em cores. . .
penetrei a espiral. . .

como um sopro macio
esvaziei lentamente. . .
envolvido pela teia
flexível e quente. . .
dissolvendo corpo e mente. . .

no intemporal
diluído em transparência. . .
sou neon violeta, sem planeta. . .
entendendo as borboletas
vivo solto em poeira. . .
sem mais facetas. . .